Do casebre ao Imperio: Historia de um italiano no Brasil
assista o video!!!
http://www.youtube.com/watch?v=HqOxgzWMavI
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1861 foi um ano muito importante pela Italia e conseqüentemente pelo resto do mundo.
Na Itália o rei Vitorio Emanuele II proclamou a unificação do pais que deixou o sul da bota numa profunda e longa miseria cujo os danos são tangíveis ainda hoje.
Esta mesma crise obrigou milhares de italianos, os súditos do novo reino que tinha como capital Turin, a abandonar as próprias terras procurando um futuro mais prospero nas Americas e na Australia. Inesquecivel é a imagem do imigrante italiano que está prestes a embarcar num navio que o leve para nova vida e que está carregando uma maleta de papelão fechada com um fio de barbante com dentro um salame, um pacote de macarrão e um
santinho.
Em 1881 entre esses italianos decisos a cruzar os oceanos em busca de melhores condições de vida havia um jovem de 27 anos, um tal de Francesco Matarazzo saído da cidadezinha de Castellabate, no sul da Italia, com dinheiro emprestado.
Ele logo que chegou se estabeleceu em Sorocaba, e em alguns anos depois estabelece uma empresa de produção e comércio de banha de porco tornando-se aos pouco, com a ajuda dos irmãos, o criador do maior complexo industrial da America Latina do inicio do século XX.
seu império empresarial se expande rapidamente, chegando a reunir 365 fábricas por todo o Brasil.
Francesco Matarazzo não pertencia à nobreza italiana, mas em 1917 recebeu do rei Vítorio Emanuele III o título nobiliárquico de conde em reconhecimento à ajuda milionária em dinheiro e demais mercadorias que enviou à Itália durante a Primeira Guerra.
O sucesso do conde Francesco Matarazzo chegou ao ouvido dos jovens de Castellabate, que também estavam á procura de uma vida melhor, e decidiram alcançar e trabalhar para ele.
Hoje em dia muitos desses jovens voltaram á Castellabate, essa cidadezinha de 7000 habitantes, que têm uma ligação muito forte com São Paulo, com a cultura brasileira, e com a vida de emigrante que começou com os eventos de 1861.
assista o video!!!
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sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Do casebre ao Imperio: Historia de um italiano no Brasil
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Musica popular : La Taranta
Você conhece a Taranta? Assista ao video da Puglia, região
onde nasceu a Taranta.
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Salento, a ponta da região Puglia |
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Eugenio Bennato |
sentindo-se filhos do Mediterrâneo, dos grandes filósofos gregos e dos grandes alquimistas árabes. O estilo de musica chamado de TARANTA era já conhecido pelos gregos que ocupavam a região do Salento durante muitos séculos antes do ano Mil e que era usado como terapia, pois antigamente se acreditava que uma tarantula, um tipo de aranha caraterística dos campos áridos e quentes do salto da bota, envenenava os jovens com uma simples
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o antidoto ritual |
Dedicando poucos minutos a visão desses vídeos será mais
claro como se desenvolvia o rito curativo (1) e também como se desevolve a dança hoje (2).
sexta-feira, 3 de maio de 2013
O vinho é lembrança
Com o friozinho desse
final de semana, achei que seria interessante falar de uma coisa que muita
gente gosta de fazer para se reunir com os amigos, namorar ou até mesmo para se
aquecer no inverno: ''Beber vinho''.
Na semana passada trabalhei
como interprete em uma feira internacional de vinhos, entre alguns goles e
conversas com os proprietários de vinícolas tive a oportunidade de aprender
algumas características que os enólogos observam para diferenciar os vinhos,
como por exemplo, a subjetividade da escolha.
Não depende somente da safra, da
idade ou da casa vinícola a qualidade de um vinho, pois aquilo que pode ser
maravilhoso para alguns, nem sempre
transmite a mesma sensação para
outros. O olfato e o sabor de um vinho unidos são fatores de extrema importância, pois nos remetem
lembranças.

O vinho é lembrança.
O vinho é lembrança esse é o primeiro fator que faz um
apreciador, preferir um vinho a outro. Na hora que as fragrâncias de um vinho
atingem nosso cérebro, automaticamente muitas lembranças são elaboradas. As
fragrâncias de frutas vermelhas, cacau, tabaco, ameixa branca, maracujá, flores
remetem a sensações vividas, fragmentos da infância, lugares etc. e por isso a
escolha do vinho acaba sendo totalmente subjetiva.

Para provar essa
sensação, segue a dica: quanto mais oxigenado o vinho, mais fragrâncias ele
exalará.
Fechar os olhos e deixar que os perfumes invadam seu cérebro é um
segundo passo para permitir que as suas papilas gustativas sejam aguçadas e o
sabor seja mais bem distinguido e por fim, colocá-lo na boca e deixar que os
sabores recuperem todas as suas memórias que farão com que você goste ou não
daquele vinho.
Parece simples.
Quem
se arrisca a palpitar?
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Na mesa de uma casa italiana
Existe UMA cozinha italiana?
Antes de começar falar a respeito dos costumes alimentares de uma família italiana do Sul (a minha) é necessário esclarecer algo sobre o que é a cozinha italiana.
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a piramide da Dieta Mediterrânea |
Durante séculos a bota
inteira foi dominada por culturas diferentes: o norte por austríacos, bárbaros,
franceses, o sul por espanhóis, franceses, árabes e gregos se sucediam no território.
As varias dominações traziam tradições, culinária, linguás diferentes. Essa é a causa das diferenças de tipo culinário, lingüístico
e as vezes ate de relações interpessoais de cada região e muitas vezes até de
cidades vizinhas. Por isso encontramos a Polenta só como um alimento do norte
da Itália, o cous cous só da Sicilia, a pizza originaria do sul e assim por
diante.
Com o tempo essas
diferenças permaneceram porque as cidades eram cercadas por muralhas e o mundo, aquele que se conhecia, era o que
estava do lado de cá do muro, o que estava fora não era tão bom, era
desconhecido e dificilmente aceito pela comunidade.
Mesmo se os pratos do
almoço e do jantar variam muito de região para região, um fator comum da
cozinha Italiana é a quantidade de carne vermelha que é consumida: uma, no máximo
duas vezes por semana assim como os ovos. Em compensação o peixe, é muito
consumido assim como as verduras, frutas e laticínios.
Decidi então escrever
sobre minha experiência de costumes alimentares, o que uma família do sul da Itália
come durante o dia
- Café da manha:
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café da manha á italiana |
A primeira coisa que
um italiano faz na hora que acorda é por a cafeteira no fogão. Sem a famosa xicrinha de café italiano é impossível
começar uma jornada.
- Almoço:
O almoço para um
italiano é um evento. Os italianos tem entre 3 e 4 horas de almoço, então
freqüentemente almoçamos em casa. Se a cidade não for turística é ate difícil
achar um restaurante aberto para o almoço, já que ninguém almoça fora.
O almoço é o momento
em que a família se reúne em volta da mesa, momento sagrado, a família honra os
gestos das ‘’mammas’’ que preparam a comida todos os dias como um ritual e dificilmente
deixariam os filhos comerem “qualquer coisa” que não viesse das mãos delas.
Não almoçar com a
família é quase considerada uma ofensa.
Outra diferença bem
marcante é o serviço: nas mesas italianas jamais aparecerão panelas, aquele que
cozinha, será quem irá preparar o prato de cada um, em sinal de respeito aos
convidados ao banquete.
Primeiro prato:
Nesta, que é a mais
importante das refeições do dia, encontramos sempre e diariamente macarrão, 80/100
gramas por pessoa no máximo, e sempre com molhos e temperos diferente.

Nada de muito gordo e
se necessário, o óleo que é usado, é sempre rigorosamente o OLIO DI OLIVA
EXTRAVERGINE. (ah! ninguém na Itália
coloca azeite e orégano em cima de queijo nenhum, isso é um habito brasileiro).
O carboidrato do macarrão também pode
ser substituído por lasanha ou ‘risotto’.
Obs. É sempre bom
perguntar para o garçom ou a pessoa que preparou o prato se em cima do macarrão
é aconselhado colocar queijo ou não, pois existem alguns tipos de molhos que
podem perder a delicadeza ou podem alterar o gosto. Se quiser evitar que o cozinheiro
faça um escândalo, é melhor respeitar
esse conceito. (o que você faria se eu decidisse colocar parmesão ralado na
feijoada???)
Segundo prato:
Após o carboidrato, há
o segundo prato, a proteína , que é constituída
por uma carne ou peixe ou, dependendo da época, por verduras recheadas/cozidas.
Quem prefere não comer
em abundancia pode optar por um queijo ou derivados, considerado de grande
importância. Tudo acompanhado com pão,
para não sentir fome tão cedo e bastante salada, temperada com
pouquíssimo sal.
Fruta:
Todos os dias e da
época. A fruta é a sobremesa natural de cada dia de um italiano. Embora
recentemente começou a ser consumida só depois de algumas horas do almoço.
O café:
o café fecha o almoço.
Com seu gosto forte prevalece em cima dos outros sabores da refeição. Como se
diz na Itália “o café arruma a boca”.
Café e não
cappuccino*. Já que no cappuccino há leite, os italianos desaprovam fortemente
tomar um cappuccino após ter comido carne e salada. Se tomar um cappuccino após
as 11 da manha será obvio que você é GRINGO.
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Cappuccino |
*cappuccino = na xícara
de chá é servido um ‘’café espresso’’ e completado com vapor do leite, formando
uma cremosa espuma. Pode se completar com uma pitada de cacau em pó em cima da
espuma
- Jantar:
Menos ligado a
tradição o jantar italiano traz uma escolha maior de pratos e na maioria das
vezes é um prato único. Mais leve do almoço, no jantar dificilmente haverá
macarrão. O elemento principal é o pão que se come com queijos, presuntos, ou
carne (se não houve no almoço) ou verduras cozidas.
Já que não é tão
importante tanto quanto o almoço, é “permitido” jantar fora de casa. Então é o
momento em que os restaurantes e cervejarias permanecem abertos para receber os
clientes.
E você achava que
fosse assim?
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