sexta-feira, 3 de maio de 2013

O vinho é lembrança


Com o friozinho desse final de semana, achei que seria interessante falar de uma coisa que muita gente gosta de fazer para se reunir com os amigos, namorar ou até mesmo para se aquecer  no inverno: ''Beber vinho''.
Na semana passada trabalhei como interprete em uma feira internacional de vinhos, entre alguns goles e conversas com os proprietários de vinícolas tive a oportunidade de aprender algumas características que os enólogos observam para diferenciar os vinhos, como por exemplo, a subjetividade da escolha.
Não depende somente da safra, da idade ou da casa vinícola a qualidade de um vinho, pois aquilo que pode ser maravilhoso para alguns, nem sempre
transmite a mesma sensação para outros.  O olfato e o sabor de um vinho unidos são fatores de extrema importância, pois nos remetem lembranças.

A intenção do vinho é justamente essa, segundo Antonio Patricelli sócio da casa vinicula Collefrisio (www.collefrisio.it). 

O vinho é lembrança.

O vinho é lembrança esse é o primeiro fator que faz um apreciador, preferir um vinho a outro. Na hora que as fragrâncias de um vinho atingem nosso cérebro, automaticamente muitas lembranças são elaboradas. As fragrâncias de frutas vermelhas, cacau, tabaco, ameixa branca, maracujá, flores remetem a sensações vividas, fragmentos da infância, lugares etc. e por isso a escolha do vinho acaba sendo totalmente subjetiva.

É claro que não é tão simples identificar todos os odores e fragrâncias de um vinho. Para muitos é quase imperceptível se os tons são frutados, amadeirados, florais ou de outras essências, por isso os someliers que possuem um olfato aguçado e preparado para isso só de aproximarem uma taça conseguem distinguir todos os tons utilizados no preparo daquele vinho.
Para provar essa sensação, segue a dica: quanto mais oxigenado o vinho, mais fragrâncias ele exalará. 
Fechar os olhos e deixar que os perfumes invadam seu cérebro é um segundo passo para permitir que as suas papilas gustativas sejam aguçadas e o sabor seja mais bem distinguido e por fim, colocá-lo na boca e deixar que os sabores recuperem todas as suas memórias que farão com que você goste ou não daquele vinho.
Parece simples. 

Quem se arrisca a palpitar?
Para quem se interessar, na próxima publicação vou dar dicas de vinícolas abertas ao público na Itália. Quem tiver sugestões, por favor, fiquem a vontade para dividi-las.